Há pessoas que parecem ter ficado congeladas na criança que já foram um dia. Não suportam compromissos e responsabilidades, vivem, pensam e sentem ainda como crianças, esperando sempre serem cuidadas e compreendidas por todos.
"Alguém vai resolver isso para mim, alguém fará eu me sentir assim, a culpa não é minha, eu não consigo, preciso de proteção, preciso de atenção, algo me falta...". Pare um pouco e reflita: quais são as crenças infantis que você ainda alimenta em sua vida? São expectativas nada razoáveis como estas que nos limitam a viver uma vida abundante em vários sentidos.
Ao longo da nossa vida vamos nos apoiando em crenças infantis, dividindo o mundo em vilões (aqueles que não nos atendem) e mocinhos (aqueles que nos atendem). O resultado disso é a discrepância entre nossa idade cronológica, a mental e emocional, sem falar no inevitável desequilíbrio em nossa vida e em nossas relações.
Já adultos, continuamos a desejar de maneira infantil, algo dos nossos pais através dos nossos relacionamentos. Ninguém nunca será bom suficiente para os que se recusam a crescer, pois ninguém jamais poderá substituir os pais. Para nos tornarmos mães e pais, precisamos nos abster de reproduzir somente o papel de filho. Assim como para nos tornarmos adultos, precisamos reivindicar da nossa criança ferida.
Tal reivindicação, não se trata de "matar" a criança que existe dentro de todos nós. Mas se trata de não viver apenas por ela. Nossa criança deve ser enxergada, acolhida e até mesmo honrada, mas sem roubar o lugar do adulto que agora já somos.
Permita-se guardar no coração a criança que você foi um dia e que faz parte de você... E permita-se abrir os braços para a vida adulta que te cerca. Seja você mesmo o adulto que a sua criança precisa.
Você é mais capaz do que imagina! E a vida adulta pode ser menos dura do que você pensa... Vai! E se der medo, vai com medo mesmo.
Até a próxima!
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